quarta-feira, 14 de maio de 2008

O regresso a Boamense

(Continuação de "Os primeiros escritos")
Passados alguns meses, Alberto resolveu voltar a Lisboa para montar o seu escritório de advogado. Mas, ele não gostou de lá viver e resolveu voltar para Boamense onde morava a sua mãe.
Em Boamense tudo era mais calmo e à noite Alberto passa o seu tempo a ler os seus livros, as cartas do seu irmão, dos amigos e escrevia artigos para a Gazeta de Portugal.
Quando o seu irmão casou, Alberto e a mãe voltaram a viver em Guimarães.
Em 1873, aproximadamente, Alberto foi trabalhar no Banco de Guimarães como guarda-livros. Contudo, não gostou deste emprego.
Após a morte da mãe, em 1876, Alberto voltou a viver em Boamense prometendo ao seu irmão José que ,de vez em quando, ia a Guimarães para ver a família e os amigos.
Em Boamense escolheu uma das salas do rés-do-chão da casa, voltada para o jardim e a Nascente, para fazer dela o sue gabinete de trabalho. Passeava diariamente pelos campos ou pelo sobreiral, onde havia sossego, gente boa e simples, própria da aldeia.
Nos seus tempos livres, gostava de plantar e tratar das vinhas para produzir um excelente vinho. E assim, se tornou um produtor de vinho de óptima qualidade, ganhando quatro medalhas em exposições portuguesas e estrangeiras.
Para o ajudar neste trabalho específico contava com a ajuda imprescindível do seu amigo Antero. Este promovia as diferentes qualidades do vinho e expunha as suas opiniões, através das ofertas que Alberto lhe enviava.
De vez em quando era Antero que aparecia a Boamense e, neste caso divertiam-se a conversar e a passear até altas horas da madrugada.

Trabalho sobre Alberto Sampaio, a partir do estudo da obra: Emília Nóvoa Faria, História de Alberto, Porto, Campo das Letras, 2007

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